luciana_d3

 
belépett: 2013.06.20
Só existe o bem aqui ❤️ não tem nenhuma Barbie aqui somente uma gordinha que ama a vida . . Oque não for leve que o tempo leve
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A gente pega fogo !!!


É um perigo esse seu olhar
Vai ser fácil demais eu me perder
Eu dei na cara pra você notar
Que eu morro de vontade de você

Eu penso em coisas que você nem pode imaginar
É muito forte esse desejo, eu pego fogo
É muito louco

Imagine eu e você entre quatro paredes
Se entregando sem vergonha e sem pudor
Dia e noite loucamente só fazendo amor
Amor, amor, amor

E a gente pega fogo
O quarto pega fogo
A gente junta fogo, fogo, fogo, fogo



https://www.youtube.com/watch?v=-vkVRuFJCc8

Uma xícara de chá e um amor para recordar .....

Uma xícara de chá e um amor para recordar

Estava arrumando meu quarto como em todas as segundas feiras, coloquei os livros na estante, arrumei a cama, juntei algumas roupas para lavar e encontrei uma camisa manchada de batom. Fiquei pensativo, pois fazia muito tempo que eu não ficava com alguém. No bolso havia um bilhete, e nele estava escrito o seguinte: “Ficar com essa camisa desperta em mim lembranças, seu cheiro nela me faz sentir saudade, por isso estou te devolvendo. Ela é muito quente e aconchegante, não devolveria por algo qualquer. Ah, e me desculpa pela mancha de batom, foi da nossa última noite juntos, talvez nem saia mais, talvez você nem use mais, talvez você a jogue fora, ou talvez, você a guarde de lembrança, para sentir meu cheiro e lembrar de mim ao vê-la. Mas saiba significou muito para mim.”. Eu não sabia o que fazer, apenas sentei no chão com as lágrimas escorrendo em meu rosto, e cheirei a camisa, o perfume dela estava ali, logo aquele que eu amava quando ela usava. Eu fiquei feliz em encontrar a camisa, e por saber que ela sentia minha falta. Mas fiquei triste, por saber que ela queria se livrar de tudo que a fizesse lembrar de mim. Queria ter ligado ou ter mando uma mensagem, falando que ao ver aquela marca de batom vermelho, e ao sentir o seu perfume, fiquei com saudade dos seus beijos, do seu cheiro, das nossas noites de amor, e até mesmo das nossas brigas. Mas eu não fiz, eu não aguentaria passar por tudo novamente, sofrer tudo novamente, ser deixado novamente, meu pobre coração não aguentaria, eu não suportaria. Dobrei a camisa, levantei do chão, a coloquei em uma caixa, junto com todas as fotos, lembranças, presentes, e coloquei em um lugar bem guardado. Talvez um dia, eu consiga olhar para tudo e não sentir mais nada. Talvez eu só me acostume com a dor. Mas a vida é um grande talvez, e não sabemos o que acontecerá amanhã. Mas hoje, hoje eu só quero esquecer.
—  Uma xícara de chá e um amor para recordar.

Mulher !!





https://www.youtube.com/watch?v=D0F8XZv_egg

Não perdemos ninguém, porque ninguém possui ninguém

O “ter” se transformou em uma obsessão dentro do capitalismo. Isso se deve a ter se formado um imaginário segundo o qual a essência do que somos depende do que temos. Fala-se em “ter” saúde, não em ser saudável. Fala-se em “ter” um parceiro, não em estar em um relacionamento amoroso com alguém. Fala-se em “ter” um trabalho, não em ser um trabalhador. Mas ninguém possui nada, e muito menos ninguém.

O “ter” ficou acima do “ser”, de modo que muitas vezes caímos na lógica de tentar definir quem somos através do que adquirimos. Chegamos, inclusive, a ter dificuldades de identidade quando perdemos o que tivemos por um longo tempo.

“Não existe amor, senão as provas de amor, e a prova de amor para aquele que amamos é deixar que viva livremente.”
– Anônimo –
 

Em termos de bens materiais, pode-se dizer que praticamente tudo o que possuímos é temporário. Ou seja, temos seu uso e seu gozo somente por um tempo, porque isso se acaba, se gasta, se danifica ou se deteriora e precisamos nos desfazer de determinado objeto.

Em outras palavras, nem sequer temos uma posse completa sobre os objetos. Mesmo assim, há quem não somente ignora esta verdade, mas também aqueles que pensam possuir outras pessoas. Isso é apresentado com especial intensidade nos relacionamentos amorosos que, por sua própria natureza, na maioria dos casos, incluem um componente de exclusividade recíproco.





Tire os sapatos antes de entrar –

Desde menina aprendi hábitos como “bata antes de abrir” e “ore antes das refeições”. Cumpri esses rituais com exatidão, e sempre respeitei a importância do gesto.

Mais amadurecida, fui cuidando de minhas conquistas até adquirir o primeiro tapete para a sala. Era macio, felpudo, clarinho e aconchegante. Foi tempo então de aprender mais uma regrinha pessoal: “tire os sapatos antes de entrar” (no caso, pisar no tapete). Eu não sugeria o manual a quem viesse me visitar , mas seguia a recomendação comigo mesma, sentindo nos pés a textura daquele tapete reconfortante.

O tempo passou, e me lembrei do tapete algumas vezes, quando tive o coração pisado e doeu.

Doeu como solas de borracha pesadas afundando no solo frágil de minhas emoções. Doeu como o “toc toc” de tamancos enormes batucando cada centímetro da minha alma. Doeu como saltos agulha miseravelmente agudos capazes de afundarem o terreno arenoso da minha existência.

Eu desejava pantufas de algodão e meias alvejadas de carinho, e no entanto sentia meu peito vibrar no compasso brutal que eu permitia ser direcionado a mim.

Aos poucos fui descobrindo que se a gente quer que a pessoa tire os sapatos antes de entrar, a gente tem que falar. A gente tem que vencer as barreiras de constrangimento e se posicionar.

Ninguém, a não ser a gente mesmo, sabe a medida do que lhe faz bem ou faz mal. Só você sabe o que é capaz de lhe causar medo, alegria, dor, contentamento, frustração, esperança. E só você pode definir os limites da linha que divide o respeito do desrespeito por si mesmo.

Só você sabe do que é feito seu terreno e o quanto ele pode suportar.

A gente tem que aprender a se proteger. Esse é um aprendizado que leva tempo, mas nos torna muito mais fortes também.

Se proteger é aprender a pedir para tirarem os sapatos antes de entrar, e não permitir ser pisoteado por calçados pesados, pontiagudos ou muito encardidos.

É ser gentil consigo mesmo, entendendo que nossa alma é como um grande tapete branco felpudo, que merece ser acariciada por pés macios e pantufas carregadas de leveza.

Tem gente que se acostuma a ser pisado com brutalidade. E por almejarem o que é familiar, procuram quem continue lhe pisando sem cuidado nem amor. Recusam o conforto da novidade, para se cercarem da dor conhecida.

Que o amor chegue de mansinho, e peça licença antes de se aproximar.

Que traga alento, e que a gente aprenda a agradecer aos céus quando se apaixonar.

Que seja delicado, e nos ensine a importância de se respeitar.

Que seja bem vindo, mas que tire os sapatos antes de entrar .........

Fabiola Simoes!!

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