densann

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11 uren geleden

amar é uma decisao

Amar é uma decisão

 

Certa vez um jovem foi visitar um sábio e falou-lhe sobre as dúvidas que tinha a respeito de seus sentimentos por uma bela moça. O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma coisa:

- Ame-a.

Disse o rapaz:

- Mas, ainda tenho dúvidas

- Ame-a -, disse-lhe novamente o sábio.

E, diante do desconcerto do jovem, depois de um breve silêncio, finalizou:

- Meu filho, amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é dedicação e entrega. É um verbo, e o fruto dessa ação é o amor. O amor é como um exercício de jardinagem. Por isso, arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. E esteja sempre preparado, porque haverá pragas, secas e excesso de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame, ou seja: aceite, valorize, respeite, afeto, ternura, admire e compreenda. Ou, simplesmente, ame.

 

* * * * *

 

Esta curta história carrega consigo uma das mais estupendas e, ao mesmo tempo, desconhecidas revelações: a gratuidade do amor.

Não raro, confunde-se amor com sexo, com gostar, com querer bem, com paixão, com genitalismo e com outros que tais. Mas, amor é amor. E isso. O amor até pode incluir esses predicados, mas o inverso pode não ser verdadeiro. Você pode amar e, por isso, fazer sexo; mas pode fazer sexo sem amar, também. Por isso o sábio manda às favas as dúvidas do mancebo e diz-lhe simplesmente: ame. Santo Agostinho dizia: “Ame e faça o que te der na telha” (a “telha” é expressão minha).

Quando alguém desposa alguém, normalmente promete “amar-lhe até que a morte os separe”. Mas, seria bom que fosse explicado a essa pessoa que, na visão de Deus, selou-se um compromisso eterno – uma aliança, no falar bíblico -, que jamais poderá se desfazer, a não ser pela morte. Então, o ir embora de casa porquenão te amo maisou porque “o amor acabou”, não existe. Na visão de Deus, nunca houve amor, então. Houve, isso sim, um sentimento, não uma atitude. Houve um desejo de fazer, mas não foi feito. Houve uma promessa, não um ato. Alguém casou com outro alguém porque “gostava” dele, ou porque estava apaixonado, ou porque o outro era liiiiiiiiiindo, mas não porque o “amava”. Porque amar nada tem a ver com gostar.

Na verdade, quando alguém promete amar outrem, promete esforçar-se por fazê-lo feliz, por alegrar-lhe, por causar-lhe doces surpresas. Não tem nada a ver com gostar. Eu, por exemplo, não gosto de assistir aqueles desenhos bem infantis com os meus meninos, mas o faço por amor. E é por amor que inclusive lhes estouro pipoca, que levo uma Pepsi para beberem, que ando de bicicleta com eles, que empino pipaNão faria isso se eles não existissem, pois não gosto de fazê-lo, mas, por amor a eles – e não porque gosto -, eu o faço.

Jesus não gostava das atitudes de Pedro e muito menos das de Judas, mas os amava. Deu a vida por eles, inclusive. Amou-os “até o fim“, como diz João 13:1. Eu posso não gostar do meu vizinho, de um cunhado, do cabelo da minha esposa, do piercing do sobrinho, mas devo amá-los com todas as minhas forças. Devo ajudar a esposa a lavar a louça, o motorista a trocar um pneu furado; posso avisar um empresário que o alarme da sua empresa disparou ou o vizinho, dizendo que a janela do carro está aberta no tempo chuvoso, etc. Posso não aprovar a vida adúltera daquela colega de trabalho, mas isso não me exime de amá-la profundamente, de orar por ela, de dar-lhe uma carona quando está atrasada, de socorrer-lhe quando está chorando, e não dizer ou pensar: “, boba, viu? Continue nessa vidinha e você vai ver no que vai dar…” Sabe por quê? Porque o amor não se alegra com a desgraça alheia. O amor é paciente, tudo perdoa, tudo sofre, tudo espera… O apóstolo, ao escrever isso no capítulo 13 da 1ª carta aos Coríntios, sabia o que estava dizendo: ele amava. Amava de verdade, ao ponto de dizer que sofria pelas pessoas como uma mãe sofre nas dores do parto (Gálatas 4:19). Isso é amar. É ir até o fim, como Jesus foi.

O pobre rapaz da nossa historinha estava em dúvida quanto aos seus sentimentos: gosto, não gosto? Me caso, não me caso? O sábio simplificou e foi direto ao assunto: ame-a! Esqueça se gosta ou não dela e despose-a, amando-a para sempre. Sirva-a, e depois colha os frutos do jardim que você semeou, regou e cuidou. Esqueça os teus sentimentos e despose-a por aquilo que você é – uma pessoa capaz de amar -, e não por aquilo que ela pode lhe dar. Se Jesus fosse amar-nos por aquilo que lhe damos… misericórdia, não estaríamos nem vivos!

O amor é gratuito. Se não for, não é amor. Por issosem nada esperar; planta, planta e planta, na esperança de um dia colher, e nada espera sem antes plantar.

Que sejam assim os nossos dias na Terra: cheios de amor! Que aprendamos a “desposarnão