Um mineirinho, descendentes de judeu, com sérios problemas financeiros, vendeu uma mula para outro fazendeiro, também mineiro, por R$ 100,00, que concordou em receber a mula no dia seguinte. Entretanto, no dia seguinte ele chegou e disse:
- Cumpadi, cê me discurpa mais a mula morreu.
- Morreu?
- Morreu.
- Intão me devorve o dinheiro.
- Ih... já gastei.
- Tudo?
- Tudin.
- Intão me traiz a mula.
- Morta?
- É, uai, ela num morreu?
- Morreu. Mais qui cê vai fazê com uma mula morta?
- Vou rifá?
- Rifá?
- É, uai!
- A mula morta? Quem vai querê?
- É só num falá qui ela morreu.
- Intão tá intão.
Um mês depois os dois se encontram e o fazendeiro que vendeu a mula pergunta:
- Ô Cumpadi, e a mula morta?
- Rifei. Vendi 500 biete a 2 real cada. Faturei 998 real.
- Eita! I ninguém recramô?
- Só o homi qui ganhô.
- E o que o cê feiz?
- Derlvorvi os R$ 2,00 real prele, sor.
edna.2011
Minas
Mineirinho judeu
- Coisas de Minas -
Sapassado,era sessetembro,tava eu na cuzinha tomano um pincumel e cuzinhano um quidicarne com mastumate pra faze uma macarronada com com galinha assada . Quascai de dendoforno pareceno um tidiguerra. A receita man-dopo midipipoca dendagalinha prassá.
O forno isquentó ,e mistorô e ucu da galinha ispludiu ! Nossinhora! Fiquei branco quinem um lidileite. Foi um trem doidemais! Quascai dendapia.
Fiquei sensabê doncovin, proneovô oncotô. Oiprocevê quilocura !
Grazadeus quininguém simaxucô !
As vezes...
" As vezes pensamos que a saudade foi feita só p machucar,
mas os dias passam e percebemos que ela
é a maneira mais certa e clara de sabermos
o quanto gostamos de alguém ..."
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" Nós não sabemos a distância realmente alcançada
por algo que falamos ou fazemos,
até que nos retorne ..."
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" Não há nada de errado - de vez em quando - chorar e pedir à Deus
que nos coloque no colo ..."
LÁGRIMAS OCULTAS
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Florbela Espanca
